EMIRADOS ÁRABES, SHARJAH - 30/08/10
O navio ancorou e o comandante nos anunciou que estávamos em Sharjah. Lá não tinha um lugar para navios, só para barcos de pequeno porte. Então, no convés do navio ficam uns botes para situações como esta ou de emergência. Como usaríamos o bote, tivemos que fazer um pequeno treinamento, para casos de emergência e também para aprendermos a colocar o colete salva vidas. Logo após, fui com Clara para a fila do bote; nós iríamos desfrutar juntas dos últimos momentos da nossa viagem.
Fiquei muito feliz que Sharjah fizesse parte do roteiro do navio, apesar de ser o menor dos Emirados, pois se Dubai é famosa por sua arquitetura moderna, por outro lado Sharjah possui uma arquitetura não tão atual, mas muito renomada, em vista de ter lugares como a maior mesquita dos Emirados e a mais bela.
Ao deixarmos os botes, andamos um pouco pelo centro da cidade. Vou admitir: fizemos umas compras que, por sinal, eram peças muito bonitas e diferentes. Por sorte o vendedor falava português (não é uma enorme coincidência?!). Quando estávamos saindo da loja, ouvimos um som estranho, como um canto. O vendedor nos explicou que era um chamado da mesquita e que todos interrompiam o seu trabalho, pois era a pausa para uma oração realizada na mesquita; porém, para que eles possam entrar nela é preciso estar limpos.
Nós também fomos à Mesquita Rei Faisol, uma das maiores dos Emirados. As mesquitas são lugares de culto para os seguidores do islã. O objetivo principal da mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se encontrar para rezar. Mas, elas são também conhecidas pelo seu papel comunitário e por serem as formas mais expressivas da arquitetura islâmica.
Quando saímos de lá e estávamos indo em direção ao restaurante, encontramos outros turistas que foram almoçar conosco. Um deles nos contou que, logo no primeiro dia que ele chegou á Sharjah, foi à praia, mas quase acabou sendo preso, pois ele entrou em uma permitida somente para mulheres. Na verdade, ele só não foi preso, pois era sua primeira vez lá e ele relatou aos guardas que não sabia que nos Emirados há praias só para mulheres e só para homens. Despedimo-nos de nossos amigos turistas e fomos a caminho do Museu de Arqueologia Sharjah.
Passamos horas e horas neste museu. Vimos como era os estilos de vida antes das mudanças trazidas pelo petróleo e os achados arqueológicos da região de Sharjah e Ajman. Chegou a hora de me despedir dos Emirados Árabes e de me aprontar para voltar ao Brasil. Minha viagem chegou ao fim. Despeço-me de Clara, minha mais nova amiga; embora saiba que manteremos contato, pois moramos no mesmo país e também porque tenho parentes em São Paulo.
É, sentirei saudades de tudo o que passei nesses últimos dias. Presenciei muitas coisas diferentes, como a cultura daqui e seus grandes monumentos. Mas, de uma coisa tenho certeza, nunca me esquecerei desta incrível experiência.