Sala Mais linda do brasil

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3º dia


INGLATERRA, LONDRES - 03/07/10
            Meu último dia em Londres foi um dia que levarei para sempre em minha memória. Melhor dizendo, todos os meus dias na Europa, desde o momento de minha chegada até os últimos, foram de suma importância para mim. Hoje, meu dia começou com um delicioso e tradicional café-da-manhã à moda inglesa, com todos os seus componentes.       Ainda no hotel, sentada em um dos sofás do hall, passei a observar o ambiente: como as pessoas agiam, seus modos, e pude perceber que nunca o clássico e o moderno se misturaram tão bem quanto nesta ilha que durante séculos ditou as regras e os costumes do mundo. Entretida com meus pensamentos, fui interrompida por um garçom que me ofereceu uns deliciosos “muffins”, daqueles bem tradicionais da cultura inglesa.
            Após ter acabado com meu delicioso ‘’muffin’’, levantei e fui para a estação de metrô em direção ao bairro de West End, sede de todos os tipos de atividades culturais, com cinemas, teatros e ruas animadas e barulhentas. Nele ficam a Praça Leicester, Chinatown e o Soho, além do Circo Piccadilly, um dos “points” das noites de Londres. Reservei todo o meu dia para ele.
            Meu primeiro destino foi a Praça Leicester (‘’Leicester Square’’), uma área com um parque na parte central, rodeada por restaurantes, bares, cinemas e boates. Região muito badalada de Londres, tanto de dia como à noite. É lá que acontece a premiação de filmes com a participação dos artistas de Hollywood.
            Caminhando no meio da multidão, era impossível não reparar em todo o movimento, as luzes e os sons. Cheguei então até Covent Garden Market, local de muitos bares e restaurantes, artistas de rua, e lojas variadas. Fiquei encantada com várias lojas que vi. A vontade era levar tudo que via pela frente, por serem tão perfeitas as roupas e os acessórios que lá haviam.
Tanto movimento e ação acabaram abrindo o meu apetite. No Soho, em Piccadilly, em Bloomsbury, South Kensington e outros distritos centrais da cidade, novos restaurantes desafiam a antiga máxima de que não se pode comer bem na Inglaterra. Como tinha que escolher algum lugar, optei por Piccadilly. De sobremesa, fui indicada a pedir delícias próprias da Inglaterra: o “spotted dick” (pudim com uvas passas e groselha), e “syllabub” (prato medieval feito com creme, vinho branco e suco de limão).
Ir a Londres e não ver um musical é como ir ao Egito passando longe das pirâmides. Nos famosos teatros do West End, sempre estão em cartaz algumas das melhores montagens dos musicais mais badalados. Há três formas de comprar ingressos: no próprio teatro, nas inúmeras agências de reserva e em Leicester Square, no chamado HaIf Price Ticket Booth. Acabei não resistindo e fui conhecer um dos musicais. Foi perfeito!
Estando em Londres, não poderia deixar de ver “A Ratoeira” (“The Mousetrap”), de Agatha Christie, a única peça teatral do mundo que está há 46 anos em cartaz. Na verdade, assistir a essa peça sempre foi um de meus sonhos, e que agora, está realizado. 
Nada como finalizar minhas aventuras na Inglaterra com um passeio pelo Hyde Park. Respirar profundamente a diferente atmosfera, refletir um pouco sobre a vida do outro lado do mundo e simplesmente, aproveitar o momento.
O dia estava terminando e, na manhã seguinte pegaria o vôo de retorno para o meu lar no Brasil. Sinto como se uma parte de mim estivesse ficando aqui, junto aos ares londrinos. Foi a realização de um sonho inigualável ter estado aqui e poder ter presenciado um pouco do espírito inglês, seja nas pessoas cosmopolitas da capital ou no humor doce e ferino dos interioranos.
            Sim, Londres é tudo isso o que dizem e muito mais.  Uma volta pela Inglaterra nos deixa mais polidos, irônicos, elegantes e inteligentes. Mas acima de qualquer outra designação, nos deixa apaixonados. Eu realmente gostei de minha experiência em Oxford, mas minha viagem teria sido incompleta sem a chance de descobrir Londres, com todo o seu charme e encanto. Agora entendo porque Dr. Johnson (Samuel Johnson, escritor e crítico inglês) disse que “quando um homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida”. Bem, não estou cansada de Londres de fato. Na verdade, até penso que poderia realmente me sentir em casa aqui.
(...) Nós somos do tamanho de nossos sonhos. Portanto, devemos sonhar visando às mais altas altitudes, mergulhar fundo em pensamentos e desejos, almejar fatos e sim, ir em busca de nossas realizações. Nós não devemos nunca deixar de sonhar; até porque, nossos sonhos podem nos guiar ao infinito e além. (...)