INGLATERRA, OXFORD - 01/07/10
Se navegar é preciso e o melhor lugar para se relatar tudo o que vale a pena (se a alma não é pequena) é em um Diário de Viagem, registrarei aqui todas as minhas experiências sobre o destino dos meus sonhos: a Inglaterra...
Há exatos 14 dias, embarquei de São Paulo rumo a Oxford, na Inglaterra. Vim, como a grande maioria de alunas de intercâmbio, com o objetivo de aprimorar o inglês, aprender sobre culturas diferentes, sobre como lidar com pessoas nunca antes vistas (“mares nunca dantes navegados”), dentre vários outros motivos Minha aventura começa desde já, no avião. Seria simplesmente um vôo que me levaria até o país almejado; contudo, aquele foi o meu primeiro vôo, meu primeiro contato visual mais próximo com o ar, as nuvens, o céu.
Não dormi um momento sequer, não sei se era a minha chegada à Inglaterra que estava se aproximando, se por ser o meu primeiro vôo, ou se porque queria aproveitar ao máximo todas as paisagens. Na dúvida, opto por tudo, o conjunto de todas as opções.
Chegou, portanto, o momento da aterrissagem. Fui tomada por um frio na barriga, nós no estômago e todo sentimento de ansiedade possível. O avião se aproximava cada vez mais da pista de pouso, e a cada metro mais próximo do chão, menos distante da querida terra inglesa eu ficava.
Desembarcamos no “London Oxford Airport”. A primeira coisa que fiz em contato com o chão foi respirar profundamente e sentir que sim, finalmente lá estava eu, em terra europeia. Ainda no aeroporto, encontrei um táxi (o famoso ‘’black cab’’) e tentei explicar ao motorista o destino para o qual eu desejava me dirigir. As primeiras palavras quase não saíram, mas acho que ele conseguiu me entender (...). No pequeno mapa que colo aqui, é possível ver onde pousei. A outra imagem é só para comemorar o fato de estar em terras inglesas e, claro, visualizar o meu taxi! Deus salve a Rainha! (Em Roma, faça como os romanos. Na Inglaterra...)
Logo que cheguei à casa de minha “família” inglesa, fui muito bem acolhida. Eles se apresentaram, perguntaram como eu estava, se minha viagem tinha sido boa, entre outras perguntas típicas de boas-vindas. Nesse momento, o nervosismo era tanto que as palavras não queriam sair de minha boca, como se eu nunca tivesse ouvido ou falado inglês. Mas logo o casal Hills (Mr. e Mrs. Hills) percebeu minha ansiedade e explicou que é normal nós, alunas estrangeiras, ficarmos tímidas no começo. E então logo fui me soltando, tentando ao máximo me expressar e conseguir falar o inglês que havia aprendido. As aulas começaram no dia seguinte à minha chegada a Oxford, uma cidade rica em tradição e história. A Study Global, minha escola, fica situada em uma bela área residencial da cidade, a somente 10 minutos de ônibus do centro. A escola combina salas modernas e espaçosas com características históricas encantadoras. Ela oferece excelentes instalações como uma sala de computadores, e-mail/internet gratuitos, um grande restaurante, biblioteca, salas de estudo privado, sala de conferências e sala de jogos.
Minhas aulas eram de manhã e às vezes à tarde. Então, todas as noites e algumas tardes eu ficava livre para passear pela cidade. Os principais pontos turísticos de Oxford ficam muito próximos uns dos outros. Por isso, caminhar é a melhor maneira de desfrutar de todos eles. O transporte público é eficiente, mas a preferência dos moradores é a bicicleta (como não tinha uma, optei por uma boa caminhada).
Quem vai para Oxford não pode deixar de ir visitar a melhor, mais famosa e renomada ‘’Universidade de Oxford’’ (em cujas salas de aula diz-se haver a formação da elite britânica). O prédio da Universidade é o um dos mais notáveis e impressionantes do país, mantendo uma estrutura típica da Idade Média, com gárgulas e torres em detalhes de ouro. A cidade, que por mais de 800 anos foi um lar para a realeza e grandes estudiosos, hoje é cheia de turistas que desejam conhecer principalmente a Christ Church, cenário de diversas cenas dos filmes de Harry Potter, Alice no País das Maravilhas e Senhor dos Anéis.
Realmente, a Universidade de Oxford é linda e esplendorosa. Seria um sonho poder algum dia conviver ali, onde vários personagens da história do mundo já deixaram suas marcas... Havia reservado uma tarde para visitá-la, mas acabei não resistindo; tive que voltar outros dias... Visitei também alguns museus importantes da cidade, teatros, sendo alguns ao ar livre, e os ‘’pubs’’ (onde pude desfrutar de variados estilos musicais).
Com minha nova família, aprendi que o café da manhã é a refeição mais importante do dia e que, normalmente, se consiste em bacon, ovos, salsichas, torradas, chá ou café. E no tempo em que fiquei com ela, pude aprender um pouco do costume inglês, as boas maneiras; aprendi também a conviver com pessoas diferentes e a ter respeito por elas. Gostei muito da minha família inglesa; eles me trataram como se eu fosse uma filha. Levá-los-ei para sempre dentro de mim, na esperança de que um dia eu possa voltar para revê-los. Então, meu tempo como aluna de intercâmbio chegou ao fim e amanhã partirei para minha viagem como uma verdadeira turista, finalmente. Já me despedi de minha família, o que foi bem difícil, mas sei que irão ficar bem.
E assim, com as malas arrumadas e espírito prontíssimo, na manhã seguinte pegarei o primeiro vôo para a tão esperada Londres (...).
