Sala Mais linda do brasil

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HOLANDA, AMSTERDAM. 31/08/2010
         Último dia. Voo programado para às cinco da tarde. O que será que me espera no Brasil?!
        Ir embora e não visitar os moinhos da Holanda seria um insulto aos falecidos monarcas. Uma pequena viagem de trem liga Amsterdam ao meio último passeio. Antes de seguir para estação,  me despedi dos amigos que fiz. Camila, com seu jeito sereno, chorou e prometeu me mandar mensagens toda semana. Lucas tinha sido, durante a minha estada , meu porto seguro, pois a todo momento discutia comigo e me punha no caminho devido. Mesmo assim, todas as discussões acabavam num pensamento profundo dito por ele. Me ajudou muito a refletir e buscar minha própria identidade. O Felipe foi o elo palhaço. Irônico, afinal ele era o mais velho entre nós, a toda hora e a todo momento, sempre tinha uma piada ou brincadeira pra mostrar. As lágrimas foram incontroláveis. Meu rosto ficou até “esfolado” com tanto sal.
        Embarquei no trem. Os moinhos são de tirar o fôlego. A cidade chama-se Kinderdijk; pacata, tranquila. Depois de percorrer os canais que cortavam os históricos moinhos, voltei para Amsterdam.
      Ainda tinha lágrimas rolando pelo meu rosto. A paz que simples construções mediavais me trouxeram são intraduzíveis em palavras. Me despeço dessa encantadora cidade. Polêmica, miscigenada, acolhedora,  mas incomparável com o meu país. Agora eram só mais treze horas a me separar da minha família. A fugitiva estava chegando. Com um novo espírito. Com um novo modo de enxergar e compreender a vida.