Em Marselha, os lugares eram um pouco diferentes. Eu não sei qual das arquiteturas é mais antiga, como a do Castelo de If, localizado na ilha de If, integrante do Arquipélago do Frioul. Esta ilha era usada como uma prisão, e são muitos os famosos piratas e prisioneiros que passaram por aqui, tais como o homem da máscara de ferro (uma lenda), o Marquês de Sade é um outro mito que, supostamente, esteve neste prisão, o Conde de Mirabeau. Aconselho a todos que forem para França um dia ir até Marselha e visitar o Castelo de If, não há nada que compense estar frente a frente a um dos lugares de onde saíram os mais famosos mitos e histórias.
Em seguida, fui visitar um lugar que a minha mãe gostaria muito de cocnhecer se estivesse comigo: a Notre-Dame de La Garde, uma basílica situada no ponto mais alto de Marselha. É um local muito importante para a população, pois anualmente acontece uma peregrinação. De longe é possível ver uma torre que apóia uma monumental estátua da Virgem Maria com o menino Jesus, toda feita de cobre dourado com folha de ouro. A basílica é considerada pela população guardiã e protetora da cidade. Já havia visitado muitas igrejas no Brasil, mas ver algo como a basílica de Notre-Dame, foi algo incomparável.
Bom, depois de visitar esses lugares maravilhosos, fui almoçar no restaurante Chez Fonfon. Comi bouillabaisse, prato simbolo da cultura marselhesa. É um tipo de peixe que pode ser apreciado como um fermento, como sopa ou prato principal. Para falar a verdade eu não gosto muito de peixe, mas estava disposta a experimentar coisas novas. Sinceramente, não foi uma das melhores coisas que já comi da vida.
Não queria perder mais tempo; paguei a conta e entrei no taxi. Fui em direção a Calanque de Marselha, ponto turístico que deixei por último, pois queria aproveitar o máximo meu passeio a esse lugar. O que posso dizer? Simplesmente, perfeito!
A Calanque, significa entrada, é uma formação geológica sob a forma de um profundo vale com encostas. Quando me deparei com aquela paisagem, fiquei pensando comigo mesma: como é possível a natureza fazer algo tão belo?
Lá pude ver a chamada Caverna Cosquer, uma gruta a 37 metros abaixo d’água, habitada há muito tempo, quando o nível do mar era muito baixo ao de hoje.
Fiquei tanto tempo na Calanque que, quando saí de lá já estava noite. Então voltei para o hotel, no qual onde estava hospedada, tomei um banho e fui jantar no mesmo restaurante em que almocei, porque não estava disposta a procurar outro. Após o jantar, comi um tipo de biscoito pequeno, muito duro e aromatizado com flor de laranjeira, na forma de barco conhecido como navette. Voltei para o hotel logo em seguida para dormir e parti no dia seguinte para a próxima cidade.